Dilma Rousseff, a 1ª mulher na Presidência do Brasil

Dilma Vana Rousseff, a primeira presidente do Brasil, é filha do imigrante búlgaro Pedro Rousseff, naturalizado brasileiro, e da dona de casa Dilma Jane Coimbra Silva. A nova Presidente é economista de caráter forte e com fama de autoritária, encara, que agora, encara o desafio de governar um país de 190 milhões de habitantes e de lidar com a sombra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o homem que a levou ao Governo. Nascida em 14 de dezembro de 1947 em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Dilma, de 63 anos, era uma desconhecida na política nacional até final de 2002, quando Lula a nomeou ministra de Minas e Energia, em seu primeiro mandato. Começava assim uma carreira meteórica no Governo nacional, que em apenas oito anos a levou também à Casa Civil, Ministério mais influente do Gabinete de Lula, e depois às eleições presidenciais.

De perfil mais técnico que político, Dilma ganhou fama de funcionária eficiente e, por sua personalidade forte, de "Dama de Ferro", nos dois ministérios que ocupou no Governo Lula, personalidade que também demonstrou na luta contra um câncer do sistema linfático exatamente quando começava a despontar sua candidatura presidencial e do qual se curou, segundo os médicos. Apesar de não ter o carisma nem as ambições políticas de Lula, Dilma Rousseff teve um primeiro contato com a realidade do país em sua juventude, quando fez parte de vários grupos armados que operavam na clandestinidade contra a ditadura militar (1964-1985).

Por essa militância, onde teve mais papel de agitadora que de "guerrilheira", Dilma foi detida em 1970, torturada e mantida presa até final de 1972, condenada por subversão. Depois disso, estudou economia e ocupou vários cargos administrativos no Rio Grande do Sul, onde desenvolveu sua atividade profissional até que Lula a chamou, no final de 2002, para fazer parte de seu gabinete.

Ao contrário de Lula, Dilma mantém em público uma atitude muito mais discreta e comedida, não fala muito de sua família, de seus gostos e afeições, e também não é de fazer brincadeiras, uma prática recorrente nos discursos do ex-presidente.

A governante é divorciada e tem uma filha, Paula, que este ano lhe deu seu primeiro neto, Gabriel, nascido em plena campanha eleitoral. Os que a conhecem e trabalharam com ela, a descrevem como uma pessoa de personalidade forte e autoritária, eficiente, pragmática e com capacidade de liderança. "O que é difícil não é meu temperamento, mas minha função. Devo resolver problemas e conflitos. Sem descanso. Não me criticam por ser dura, mas por ser mulher", declarou Dilma.

Dilma sabe que a sombra do carismático Lula, que deixa o poder com uma popularidade recorde de 87%, estará presente durante todo seu mandato, e que as comparações entre o ex-presidente e ela serão constantes

Por: Fábio da Bios